Como seres humanos vocês precisam da emoção para entrarem em contato com o Eu espiritual. A emoção é essencial à compreensão da espiritualidade porque emoções geram sentimentos.
O corpo mental e físico estão estreitamente ligados, da mesma forma que o estão os corpos emocional e espiritual. O corpo espiritual é aquele que existe além dos limites físicos. Vocês precisam da emoção para compreender o não-físico, e é por isso que as emoções tem sido tão controladas neste planeta. Foi-lhes oferecido muito pouco espaço emocional, e vocês foram incentivados a se sentirem impotentes e amedrontados.
Muitos de vocês não querem ultrapassar estas barreiras emocionais nem superar seus limites pessoais porque creem poder ser doloroso. Gostariam de dizer " abracadabra" e que num piscar de olhos eles desaparecessem. A dor traz-lhes sentimentos. Se não conseguem sentir de outras maneiras, algumas vezes, para chamar sua atenção de seres humanos teimosos, vocês criam a dor para mostrar a si mesmos toda a gama de suas capacidades e para trazê-los à vida. Desse modo, conseguem sentir a riqueza de estarem vivos. Muitos seres humanos tem medo de sentir. Confiem em vossos sentimentos, não importa quais sejam eles. Os sentimentos podem leva-los à realização.
Quando ultrapassam o medo dos sentimentos, superam os julgamentos e permitem aflorar tudo o que sentem. Quando surge uma emoção que provoca dor ou raiva no vosso sistema de conceitos, a rotulam de nociva. Chega de pisar em ovos e evitar as emoções !.
A raiva e o medo tem um propósito. Se se permitissem vivenciar e expressar os vossos medos ou o que pode levar à expressão da vossa raiva, aprenderiam alguma coisa. São técnicas que lhes permitem superar os limites pessoais de comportamento e identidade e vocês simplesmente tem medo de experimentá-las.
Vocês querem ser aceitos o tempo todo. Acham que ninguém vai apreciá-los caso sintam ou façam certas coisas e por isso não se permitem tais sentimentos. A raiva vem dai. Sentem raiva porque emitem julgamentos em relação ao que podem ou não fazer. Se não se permitirem sentir, não poderão aprender. São os sentimentos que os ligam a vida.
Devem encarar os sentimentos como bilhetes de viagem para realidades multidimensionais, onde precisam ir, caso estejam jogando este jogo pra valer.
Nas realidades multidimensionais aprendem a focalizar e manter simultaneamente muitas versões diferentes de si mesmos. Os sentimentos são capazes de transportá-los a esses lugares, especialmente àquele que vocês confiam. Deixem aflorar todos os vossos sentimentos e, ao invés de os julgar, permitam-lhes que se manifestem para poderem observar aonde eles podem leva-los, ou o que eles podem fazer por vocês.
Quando sentem medo de alguma coisa, evitam experimentá-lo, erguendo uma muralha onde se pode ler "se eu for lá vai ser ruim". pisam no freio. Na verdade, o medo que sentem acaba energizando a experiência no nível de desenvolvimento de cada um, pois todo o pensamento assume forma de acordo com a influência emocional a que está sujeito. Por isso as vezes o melhor a dizer é " Bem, vou entrar nessa. Eu me entrego". Depois, então dediquem-se a estar lá, sem se preocuparem em estar ou não centrados enquanto estiverem mergulhados no centro do sentimento. Se pretendem entrar no vosso centro do sentimento e manter tudo sob controle, não estarão permitindo a si mesmos a amplitude de movimentos necessários para aceitar as emoções que derrubam as limitações e preconceitos.
A raiva tem seu propósito. Ela não acontece por acaso, nem a dor acontece por acaso. Ambas os levam a alguma situação. Intencionalmente podem entrar no centro do vosso sentimento e aprender a permanecer centrados ali, enquanto exploram as oportunidades que se apresentam. Se vocês disserem " Vou permanecer centrado lá", isto soa como se não permitissem nenhum movimento ali dentro. Em vez disso, proponham-se simplesmente a ter um centro. Ter um centro não significa que as coisas não flutuem; significa que vocês lhes permitem flutuar. Vocês decidem se o barco vai naufragar, ou navegar em águas calmas. Comandam os acontecimentos, portanto a calma ou a agitação destes acontecimentos independem de vocês. As vossas emoções não alimentam apenas os outros, são fonte de alimento para o Eu. É assim que vocês se alimentam e criam a vossa identidade. Esta é a vossa identidade como frequência através das vossas emoções. As emoções os alimentam e dão vida ao prefixo da vossa estação transmissora.
Vão ter que lidar com cada uma de vossas limitações, simplesmente porque não querem fazer isso. Adorariam dizer " Poeira dourada das estrelas, elimine minhas limitações. Bem ! estou livre ". Na teoria isto seria simples. Trata-se do exemplo clássico de se evitar o centro do sentimento. Vocês possuem sentimentos e preconceitos emocionais que ajudam a criar limites externos, por isso, quando rompem uma barreira, precisam enfrentar a emoção que originou o limite. É através do corpo emocional que contatam o corpo espiritual. Para ultrapassarem as dificuldades, precisam sentir todo o processo.
Na verdade, as dificuldades, são joias preciosas. Mesmo descobrindo que têm 101.000 limitações, não devem sentir-se frustrados. Digam apenas " Que interessante". Olhem para elas e, em vez de amaldiçoá-las, observem-nas simplesmente e tentem descobrir como aparecem. Descubram a que propósito elas serviram- em que " mercearia foram compradas essas mercadorias".
Quando reconhecem, identificam e desejam liberar alguma coisa, a mudança acontece. Quando existe apego ou medo, ou pensam " Gosto deste limite; está me servindo muito bem", vocês criam as limitações.
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